quinta-feira, abril 18, 2024

Contra os anhucas do MP, do Governo da AD e todos quantos fazem porcaria atrás de porcaria, que avancem os conselhos para melhor namorar e para mais prazer ter:

Amor, poliamor, sexo e tudo o que vem por acréscimo

 

Em vez do Ministro das Finanças a explicar a barracada do IRS, apareceu o chegado do Corporate, External & Legal Affairs da Microsoft Pedro Duarte, que, do que percebo, jamais na vida teve que lidar com impostos para além dos que pagou, presumo. Portanto, continuamos a assistir aos brincalhões da AD a ver se nos fazem passar a todos por totós.

Para ver se não caem no total ridículo de aparecerem com uns trocos de 176 milhões que nada são quando comparados com os 1.340 milhões do PS, a habilidade chico-esperta agora é dizer que afinal o alívio do PS é mais pequeno e, vai daí, transferem a fatia que que 'sacam' ao alívio do PS para o do PSD. Não apenas soa a estúpido como parece infantil. Daria vontade de rir se não fosse quase deprimente.

Mas, com o Sarmento e o Montenegro a rabearem ao largo, pelos vistos sem secretários de estado ou gente capaz de dar a cara pelas artolices que andam a fazer, continuamos sem saber em que consiste, afinal, o enorme choque fiscal que vão fazer como resposta ao alívio poucochinho, pipi e betinho do PS (nas palavras do joker LM).

Por isso, nada mais consigo dizer.

Também surreal -- e isto para não dizer enxovalhante para o MP -- é a decisão dos desembargadores da Relação ao esvaziar o flop Influencer. Desembargadores concluíram que não há provas de pressão do ex-primeiro-ministro para acelerar o projeto do Data Center de Sines. E que o alegado “plano criminoso” defendido pelo Ministério Público não passa de “um conjunto de meras proclamações assentes em deduções e especulações"

E, face a isto, a madama Gago, do alto da sua impância deve continuar a dizer que não tem nada a dizer, que não faz ideia de nada e, na prática, que cagua de alto para tudo isto. 

Pelos vistos, conseguiram o que queriam: fizeram a vontade ao Marcelo quebrando o Galamba qual ramo morto), infectaram a opinião pública, deram cabo da vida a António Costa e, de caminho, com a bênção de Sua Excelência, conseguiram que o Primeiro-Ministro se demitisse e, como se não houvesse outra solução, ficámos sem Governo e com a maioria absoluta socialista apeada. 

E agora, como aliás se sabe desde o início, confirma-se que não há indícios de coisa alguma e que os 'suspeitos' agiram no exercício das suas funções, a fazer o melhor que sabiam e podiam.

E o Marcelo, face a tamanha barracada...?

Feito ladino, portando-se como um vulgar videirinho, assobia para o lado e dá a entender que ainda bem, que se calhar assim o Costa até vai para o Conselho Europeu.

Cansa-me, isto, cansa-me.

Portanto, com vossa licença, falemos do que nos pode fazer felizes:

How to date, mate, and find fulfillment | Helen Fisher & more

Is polyamory a sustainable model for societies? Do partners really need to maintain the "spark" to have a healthy sex life? And should sex, romantic love, and attachment be viewed as phases of a relationship or as systems in the brain?

As modern science continues to illuminate the timeless experiences of sex and love, we're learning more about the nature of healthy relationships and the often counterintuitive ways individuals can maximize both sexual pleasure and fulfillment in relationships.

In this Big Think video, we explore all of the above through insights from anthropologist Helen Fisher, journalist Louise Perry, sex educator Emily Nagoski, primatologist Frans de Waal, and author Richard Reeves who examine sex and relationships across three key domains: your brain, your bedroom, and your society.


E que venham dias felizes

quarta-feira, abril 17, 2024

Homens que escrevem são perigosos...?

 

Tenho ideia que se costuma dizer que as mulheres que escrevem são perigosas. Mas, se calhar, é mais abrangente. 

Na verdade, muita gente tem achado Salman Rushdie perigoso e ele já tem pago, de todas as formas possíveis, as consequências dos riscos que corre ao escrever. 

Se antes, as ameaças, o viver sob protecção e tudo aquilo por que passou, certamente lhe deixou algumas marcas, a última situação, o atentado à facada, deixou-lhe marcas físicas muito evidentes. E traumas que parecem também evidentes.

Tudo o que envolve o crime perpetrado contra ele é terrível, a começar pelo sonho premonitório. Nem imagino o que é ter um pesadelo, ficar assustado, ficar sem vontade de ir, e, depois, viver essa situação, sentir-se apunhalado, catorze vezes a faca a entrar-lhe no corpo, não conseguir defender-se, cair a sentir que estava a esvair-se, o chão a encher-se de sangue... Estar às portas da morte depois do terror pelo qual passou deve ser terrível, não saber a extensão e as implicações das lesões... tudo terrível.

Mas ele tem conseguido vencer as ameaças, as más lembranças, os fantasmas, transformando-os em palavras. 

Knife

Um livro com uma capa belíssima.

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Salman Rushdie: The 2024 60 Minutes Interview

Andersen Cooper, como sempre, mostra que é um dos grandes entrevistadores do nosso tempo

Salman Rushdie has come to terms with the attempt on his life the only way he knows: by writing about it in his new book. He details the experience in his first television interview since the attack.


terça-feira, abril 16, 2024

Pelos vistos, tudo mentira, de uma ponta a outra
-- e isto ao fim de meia dúzia de dias...

 

Dizia o embusteiro com o seu sorriso escarninho que o crescimento económico previsto pelo PS era 'poucochinho', modesto, pouco ambicioso. Em contrapartida, dizia ele, a AD previa um boom, um crescimento que ninguém percebia bem de onde aparecia. Respondia o embusteiro que, com o choque fiscal e o boost aplicado à economia, o PIB cresceria como se não houvesse amanhã.

Afinal, uma semana depois, já aí andam, pé ante pé, como se não houvesse contradição, a dizer que isto e aquilo, re-beu-béu, pardais ao ninho,  a revisão é em baixa e a folga orçamental já não permitirá acomodar as promessas. Pelos vistos nenhumas promessas. 

Claro. E o que se constata é que não podem agora nem puderam nunca. Era tudo um embuste.

Provavelmente, abrem uma excepção para dar uma borla fiscal, em sede de baixa de IRC, às grandes empresas (EDP, Operadores, Petrolíferas, Grande Distribuição).

E parece que, uma vez mais, no Programa de Estabilidade estão a ser imprecisos, vagos, omissos e entregando um documento que não inclui as medidas que vão tomar. 

Ouço isto não sei como interpretá-lo. Impostores? Incompetentes? Amadores? Palermas que não sabem ao que andam? Não faço ideia. Mas que é muito preocupante, lá isso é.

E eu, que não sou de leis, pergunto se não é crime levar milhões de pessoas ao engano com base em propaganda falaciosa? De facto, como provar que os votos que receberam não se deveram ao engodo do leite e mel que prometiam derramar sobre os portugueses? 

Seria interessante que os juristas se debruçassem sobre o tema. Eu, na minha ignorância sobre matérias legais, diria que estamos perante um crime público.

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Um aparte. Soube hoje de mais uma nomeação para lugar de relevo nas equipas ministeriais. Um zero, zero dos mais redondos e inequívocos que há. Quem conhece a pessoa não consegue fechar a boca. Os crentes não param de se benzer. 

Quando Maria João Avillez dizia, convencida que estava a falar para mentecaptos, que tinha tido a agradável surpresa de descobrir que tanta gente tinha querido ir para o Governo e adjacências, saberia que alguns estavam desempregados, despedidos por incompetência dos empregos anteriores, e que irem para o governo era a sua tábua de salvação? Saberia que são nulidades sem conhecimentos académicos ou profissionais na matéria pela qual vão ser responsáveis? Saberia que está a ser feita pesca de arrasto entre os que não têm nada a perder?

Ou isso não interessa para nada? 

Aldrabice por aldrabice, nada é para levar a sério pelo que pouca coisa tem relevância...? É isso....?

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Aproveito para recomendar a leitura integral de Assim não vale (9): Um "programa de estabilidade" politicamente "ajeitado", por Vital Moreira, de onde extraio os dois últimos parágrafos: 

Sendo óbvio que os dados de partida dos dois documentos, tão próximos, não podem ser diferentes, o Governo resolveu claramente "ajeitar" os números, de modo a tentar reduzir antecipadamente o impacto orçamental negativo das medidas do seu programa político. Impõe-se que o Governo justifique devidamente estas convenientes alterações do quadro macroeconómico.

Depois da fraude da pseudodescida do IRS, não é admissível que o Governo "brinque" mais uma vez com os números em matéria de finanças públicas.

segunda-feira, abril 15, 2024

Ditado popular: mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo
- de novo, a palavra ao meu marido -

 

O comunicado de Governo sobre o logro  fiscal é lamentável. Com a arrogância habitual, tentam enganar a malta e até ousam desafiar a capacidade de discernimento dos comentadores e jornalistas (o que, certamente, lhes vai ser cobrado mais cedo do que tarde).

Se o Montenegro e o circulo próximo não pretendessem enganar-nos deliberadamente, não tinham dito o que disseram na campanha eleitoral nem durante a discussão do programa do governo e teriam corrigido as notícias sobre o corte do IRS veiculadas pelos jornais que lhe são próximos e que tudo fizeram para promover o voto na AD.

É trágico que o Montenegro e os seus comparsas continuem  a afirmar que vão promover um alívio fiscal de 1.500 milhões de euros, mesmo que agora "não se esqueçam" de acrescentar que o corte é relativamente a 2023. 

Se queremos ter uma democracia na qual não valha tudo, um embuste descarado como este não pode passar impune. Se até aqui julgávamos que este tipo de actuação era apenas apanágio do Chega, agora vamos aceitar que a AD também o tenha? 

Vamos aos factos: existe um orçamento de Estado que está em vigor, aprovado pelo PS,  que inclui um alívio fiscal no IRS relativamente  a 2023 de 1.300 milhões de euros (aliás, parece que mais que isso, creio que 1.340 milhões).

O Montenegro, com o insuportável e cínico ar de gozo que o caracteriza, chamou "pipi" e "betinho" a este orçamento  e votou contra. 

Portanto, em 2024 existe um alívio fiscal superior a 1.300 milhões de euros que é da responsabilidade do PS. 

Existirá, se for verdade o que o PSD refere, uma gorjeta, uns trocos, qualquer coisa que, a título individual, nem dá para  a bica, 173 milhões de euros no total (menos do que um sexto do que já vigora) da responsabilidade do governo do PSD. 

Face a isso, o Montenegro  e o PSD continuarem a  afirmar que vão promover um alivio fiscal de 1.500 milhões de euros mesmo acrescentado que é relativamente  a 2023 é enganoso, é um embuste, é uma trapaça, é um logro. De facto, o grande choque fiscal prometido pela AD é qualquer coisa de insignificante face ao que já está em vigor. Não é choque nenhum. É um ajustamento e é um ajustamento ridículo pela sua dimensão. Esta é a verdade.

Promover toda uma campanha eleitoral suportada nesta trapaça é inqualificável e não abona nada em favor da atual liderança do PSD  nem dos que a promoveram.

A direita vai tentar desviar as atenções e tentar fazer passar a ideia que  a situação mundial requer diálogo e unidade para podermos fazer face às dificuldades e às imprevisibilidades.

Mas uma coisa é certa: justamente na situação actual o que não podemos mesmo é ter um PM que não é credível. E isso é que tem que ser dito.

Acho que daria uma excelente Primeira-Ministra

 

E não é em particular por esta entrevista: é por tudo, sobretudo pelo irrepreensível desempenho enquanto Ministra do Governo de António Costa.


Mariana Vieira da Silva foi "A Quarta da Manhã"


A ex-ministra da Presidência e atual deputada do PS, Mariana Vieira da Silva, foi A Quarta da Manhã e passou uma hora com a Ana, a Joana e a Inês. Para além do seu espaço de comentário e de algumas perguntas rápidas, houve ainda tempo para falar do seu percurso na política com As Três da Manhã.

domingo, abril 14, 2024

Para sempre estampada na pedra, a fraude da AD ao anunciar como sua uma descida de impostos já em curso e posta em prática pelo PS

 


Já aqui falámos, eu e o meu marido, sobre a pantomina fiscal de Montenegro -- A inventona governamental da descida do IRS, na expressão de Vital Moreira -- que fez do choque fiscal a sua bandeira levando muitos eleitores ao engano, muito provavelmente, conseguindo ganhar as eleições (apesar de ser por uma unha negra) à custa desse embuste.

Veio agora, mais uma vez feito chico-esperto, dizer que todos os portugueses, incluindo os jornalistas, perceberam mal, inventaram e ficcionaram. Fez mal outra vez. 

Ao dizer que os jornalistas ficcionaram, desacreditando-os profissionalmente, abre um fosso de descredibilização para onde atira todos não percebendo que, ao agir assim, é ele que, com isto, se enterra.

Mas mais grave do que o caso em si é a atitude, o carácter de quem age assim, usando conversa enganadora, não se importando de navegar em águas dúbias em que todos os logros são possíveis.

Diz que no documento está escrito que a verba anunciada comparava com o ano anterior. Não digo que não. Não li o documento. Mas a comunicação, em especial quando a matéria é sensível como é o caso de matéria fiscal, deve ser clara e inequívoca. Ora, a ser como Montenegro diz, então a comunicação foi traiçoeira, enganadora, fosca e pantanosa. 

Na realidade, pela cabeça de quem é que passa anunciar como sua grande medida eleitoral uma coisa que, na sua essência e na sua quase totalidade, já está em vigor (ainda por cima, sendo resultante de um orçamento que vetou e posta em prática pelo seu principal opositor)? Penso que só pela cabeça de uma criatura sem vergonha nenhuma, uma pessoa com carácter muito duvidoso. 

Quem age assim é capaz de fazer mais o quê? Quem desrespeita assim a inteligência e a confiança da população e a honorabilidade de uma classe profissional (a dos jornalistas) merece o quê? 

Respondo: merece desprezo.

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Escrevo enquanto, em directo, se tenta perceber o alcance da ofensiva do Irão a Israel. Vamos ver no que isto vai dar mas pode não ser boa coisa (to say the least). Mesmo neste capítulo, grave, temo pela capacidade do nosso Governo estar à altura de crises sérias. Pela cabeça de quem passou a ideia de pôr o Rangel em MNE? Pelo amor da santa.

sábado, abril 13, 2024

O mentiroso
- A palavra ao meu marido -

 

Sempre achei e sempre disse que quando olho para o Montenegro tenho a certeza que ele me vai enganar. Aquele riso  cínico de quem está sempre a gozar com a malta não engana. De facto, não me enganei. 

Depois da bandeira da campanha eleitoral e do programa do governo ser o choque fiscal, o Montenegro mandou à RTP um ministro, que tem ar de aluno bem comportado de um colégio da Opus Dei, dizer que afinal o aclamado pelo PSD, pelo CDS, pela comunicação social, pelas "antiguidades" da direita,...,  choque fiscal era o choque fiscal do governo do António Costa. 

Para todos os que o ouviram foi, isso sim, um choque frontal com a verdade. 

O Montenegro e todos os que fizeram campanha pela AD mentiram descaradamente para ganhar o voto dos portugueses e, mesmo com esta, e, pelo andar da carruagem, com outras mentiras, ganharam por  muito poucochinho. 

Que credibilidade tem o Montenegro e os ministros que o acompanharam numa campanha suportada numa mentira descarada para governarem o País? 

Quem acreditará naquilo que dizem e prometem? 

Que credibilidade terá junto dos parceiros Europeus um PM sobre o qual o diretor do principal jornal português escreve que deixou de acreditar? 

A direita dizer uma coisa na campanha eleitoral e fazer outra não é inédito. O Passos Coelho fez a mesma coisa, por exemplo, com os impostos. Já antes Durão Barroso também o tinha feito. 

Mentir despudorada e repetidamente em campanha eleitoral pensava eu que era apanágio do Chega. Afinal a AD fez exatamente a mesma coisa. Indesculpável e chocante.

Os diretores da CNN e do Expresso e outros jornalistas vêm rasgar as vestes quais virgens ofendidas. Preocuparam-se em fazer o trabalho de casa quando se dizia que alguma coisa não batia certo no programa económico da AD? Não, apenas se preocupavam em promover a AD e dizer mal do PS. 

Azarinho, saiu-lhes o tiro pela culatra. 

E o CDS, nomeadamente, o Paulo Portas que tenta sempre passar uma imagem de grande ética, o que pensa desta trapaça? 

E Marques Mendes? Como é que vai tentar defender esta impostura? 

E o Aníbal, com a sua postura inqualificável, como vai justificar ficar ligado a este logro? 

E os ministros da propaganda do PSD, omnipresentes nos vários canais televisivos, vão ser tão ou mais mentirosos que o Montenegro? 

Finalmente o Marcelo, que foi quem causou esta embrulhada,  vai voltar, agora com razão, ao discurso do "ramo podre"?

Será que alguém que repetidamente mentiu descaradamente aos portugueses pode ser PM?

&

Acabo agora de ouvir o Comunicado que o Governo publicou, na prática chamando estúpidos todos os Portugueses, de A a Z, e, em vez de revelar alguma humildade, mantém o tom acintoso, arrogante e provocatório que o tem caracterizado. 

Lamentável. Preocupante. Indesculpável. 

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Texto escrito na sequência da onda de perplexidade que atravessa o país depois de o Ministro das Finanças ter sido desmascarado na RTP ao ter, de fininho, assumido que a redução de IRS deverá rondar apenas os 200 milhões de euros. Os 1,5 mil milhões de euros anunciados por Luis Montenegro abrangem a redução de IRS em vigor, aprovada pela anterior maioria socialista. Em termos concretos não é nada, trocos pelos quais ninguém dará.

Chico-espertos? Aldrabões? Reincidentes patológicos? Simplesmente parvos...?

 

É só o que pergunto, e, na minha perplexidade, repito: 

São chico-espertos? Aldrabões? Reincidentes patológicos? Simplesmente parvos...?

Ou quê...?



Redução de IRS deverá rondar apenas os 200 milhões de euros. Os 1,5 mil milhões de euros anunciados por Luis Montenegro já abrangem a redução de IRS em vigor, aprovada pela anterior maioria socialista... [No Expresso]







[Vídeo no link]


[Vídeo no link]


Mas que estupidez vem a ser esta?

Julgam que estão a lidar com mentecaptos ou quê?

Montenegro julga que vale tudo?

Que pouca vergonha vem a ser esta?????

E Marcelo? O que tem a dizer disto? Acha bem ter deitado abaixo um governo de maioria absoluta para lá ter agora um governo que, ao que parece, actua na base da charlatanice?

Montenegro está a entrar com pé esquerdo, está a começar mal. Em menos de uma semana perdeu totalmente a credibilidade. 


Reacção do Expresso da sequência de notícia anterior, não desmentida


Inédita a reacção do Expresso, ("Nota do diretor: É mais do que um embuste. É mentir aos portugueses") com João Vieira Pereira revelando, por uma vez, que os tem no sítio  -- o que revela bem a gravidade do que está a passar-se.


Mas não é apenas a Comunicação Social a manifestar espanto e desagrado:


[Ouço jornalistas e comentadores nos diversos canais e a reacção é unânime: isto é de enorme gravidade, deveras embaraçoso, é um embuste, é uma fraude, uma pantomina, um logro, uma trampolinice, uma desonestidade para com os portugueses, a montanha a parir um rato, amadorismo, ridículo, apropriação de uma medida anterior, manipulação grosseira, é gato por lebre, e não vale a pena dizer que o país todo percebeu mal. Por exemplo, enquanto escrevo, ouço agora o Pedro Sousa Carvalho na RTP 3 a dizer que parece que a AD fez campanha eleitoral com base numa mentira, prometendo um choque fiscal que, agora, pelo que se vê, não passa da redução fiscal que o governo PS já tinha posto em prática]


Não me lembro de uma habilidade (ou melhor, desonestidade) desta monta levada a cabo por um Governo. 

Montenegro não vai longe assim. Não vai, não. 

[E não vou aqui falar no tom trauliteiro, arruaceiro e descabido usado pelo Rangel ou pelo Hugo Soares. Não vou falar apenas porque não quero desviar-me do tema principal deste post.)

sexta-feira, abril 12, 2024

Quando os betinhos, os que se pelam pela 'identidade e família', se juntam para ir, felizes e contentes, em peregrinação

 

Há uns quantos anos, íamos de carro a caminho de Lisboa quando nos aproximámos de um grupo que ia em sentido contrário, na direcção de Fátima, em peregrinação. 

Nada de mais. 

A questão é que o grupo, provavelmente auto-designado grupeta, tinha um ar super bem (leia-se, supébem). Todos vestidos de igual como é normal nestas andanças, tshirt colorida e boné igual, um com uma bandeira na mão, também igual. Iam a cantar, com ar empolgado. Nitidamente iam motivados e, provavelmente, sentiam-se orgulhosos pelo seu feito.

Quando nos cruzámos, vi -- sem grande surpresa -- que o líder do grupo era um bem conhecido meu, católico até dizer chega, daqueles que andam sempre metidos nestas cenas ou a organizar grupos de reflexão, retiros, ou coisas assim. Tenho quase a certeza que pertence à Opus Dei. E é daqueles que ocupam lugares de topo nas empresas sem serem nenhuns craques mas por serem uns fofos, sempre a espalhar o bem e sorrisos, com crucifixo em cima da secretária. 

Fiz-lhe adeus e ele respondeu, todo santificado, mas sem ver quem eu era, estava naquela de cantar e de ir feliz a acenar a toda a gente, como se a sua fé e a alegria de a ter devesse ser disponibilizada a quem quisesse deixar-se contagiar.

Não é um dos nomes que figura na capa do livro, mas a mulher lá está. A ela não a conheço pessoalmente. Mas deve ser como todos os outros que conheço e lá estão e como outros que são assim mas que não foram respingados pelo Láparo. 

As generalizações são perigosas e eu evito fazê-las. Há lá um, pelo menos um, que é culto, inteligente, espírito aberto. Destoa ali. Não devia ali estar. Mas, tirando esse, do que conheço, de forma geral, os betos beatos são gente pouco culta, gente que não faz ideia do que é a vida, do que é o mundo, gente que não lê. Gente que, para dizer a verdade, em contexto profissional ou mesmo social, não apenas são um bocado limitados como até não são muito de fiar. Mas, com os fracos recursos intelectuais de que dispõem, acham que sabem muito e que são superiores aos outros, em especial aos incréus. Por isso, organizam coisas com forte componente católica para a qual convidam todos, convencidos que vão catequizar os outros mesmo que seja quase à força, olhando de lado para quem não adere, como se nem percebessem o que passa pela cabeça dos que pensam de maneira diferente.

Por isso, se tiverem poder, são até um bocado perigosos.

Pela parte que me toca, sempre me mantive a milhas. Digamos que sempre consegui ter estatuto de excêntrica, de marginal. Não fui convidada nem frequentei alguns inner circles em que estaria inevitavelmente metida caso fosse na cantiga. Mas como esses inner circles sempre me cansaram até à exaustão e, no balanço do deve e haver, sempre achei que o que perdia era muito inferior ao saudável sentimento de liberdade e limpeza de espírito, a minha opção sempre foi a de guardar distância.

Por mim, prefiro ver a peregrinação aqui abaixo. Uma coisa que parodia bem o que são estes betinhos beatinhos.


quinta-feira, abril 11, 2024

À atenção do Gonçalo, da Pureza, das Isabelinhas, dos Pedrocas, dos Joões, do Paulinho e dos outros fofos que o Láparo juntou naquele livrinho que cheira a mofo:
o que têm a dizer da família Lena & Paulo?
Têm cabimento na nossa sociedade ou devem ser mandados para o gheto?

 

Cá para mim os senhores jornalistas deveriam convidar aquela turminha da vida airada e passar a entrevista inteira a mostrar-lhes vídeos como este aqui abaixo e a pedir-lhes para comentarem. O programa todo. Não deixá-los esticarem-se, nem divagarem sobre os temazinhos deles. Ná. Só poderiam comentar os vídeos.

Por exemplo, com o Paulo que é gay e a Lena que é lésbica. A entrevista que eu fazia...  Isto de não termos jornalistas a sério dá nisto, nunca há entrevistas como deve ser. Qualquer dia ainda faço um canal do youtube e vou fazer entrevistas malucas.

'Ó Pureza, diga lá o que acha da Lena...'

'Ó Pureza, já pensou se lhe acontece descobrir que também é lésbica?'

'Se fosse lésbica assumia ou disfarçava...? Conte lá, Pureza...'

'Ó Zabelinha, e o que acha do Paulo? Não gostava de também ser casada com um gay como aqui o Paulo...? Sabe que se diz que um dos seus colegas de livro é gay e que, lá em casa, é a mulher que tem tomatoes....? O que acha disso?''

A entrevista toda. Tirá-los do sério. Ver como ficam quando estão tirados do sério.

Por acaso, uma que eu conheço sei bem como é que ela fica quando se passa dos carretos. Mas cala-te boca.


Talvez perguntas a parecer que são perguntas a sério mas depois ser tudo assim como as que a Philomena faz aos seus convidados:


quarta-feira, abril 10, 2024

Será porque também é como o outro que, por se achar de linhagem superior, dizia que não largava pêlo que o Láparo agora anda de cabeça rapada?
Pergunto.

 

Na sequência do que ontem escrevi, abstendo-me de perder tempo e cansar a minha beleza a comentar as aberrantes e trogloditas afirmações daquele que já tanto mal fez ao País e que agora deu em desenterrar-se para nos vir assombrar, ocorreu-me agora a dúvida expressa em epígrafe: será por querer ser da mesma superior linhagem do coelhinho que se gabava de não largar pêlo...?

Será...?

É que se é por isso, alguém faça a caridade de o informar que a sua sorte pode ser idêntica à do outro, isto é, pode não servir para outra coisa senão para higienizar a componente anal dos ursos. E que eles por aí andam bem activos, lá isso andam

Só isto. Quem avisa, amigo é. Salvo seja.

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Ou, numa outra versão:


Mas, também, porque é mais fácil de limpar,  se calhar também é por isso que agora anda todo rapado

Não comento o que Passos Coelho disse no lançamento do livro "Identidade e Família" nem na alegria que ele e o Ventura mostraram ao conversarem um com o outro pois sinto um profundo desprezo pelas criaturas e pelas ideias que defendem

 

Foto de Tiago Miranda

Talvez haja uma maneira adequada para lidar com esta ressurreição de ideias retrógradas, ultramontanas, pior do que conservadoras, absurdas, ultrapassadas. Mas eu não sei qual é.

Só sei que, quando sinto um desprezo profundo, tenho a maior dificuldade em fazer conversa em volta disso. Só me apetece pôr-me a milhas.

Claro que me assusto, e muito, ao pensar que há muita gente que se revê em tamanho atraso de vida, uns por ignorância, outros por ressabiamento, outros porque são mesmo mal-formados, más pessoas. Mas receio que haja muitos jovens que se achem rebeldes ao apoiar estes reaccionários cujas ideias já deviam, há muito, ter morrido de morte natural.

Talvez os psicólogos, os sociólogos, os antropólogos saibam como lidar com pessoas ou grupos de pessoas que se deixam influenciar por ideias e pessoas que são contrárias ao desenvolvimento, à felicidade e ao bem comum da população. Eu não sei. Por isso, não vou falar mais do que isto que acabei de escrever.

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Convém não esquecer que antes de Ventura lançar a ideia da candidatura presidencial de Passos Coelho (com um apoio conjunto, PSD + Chega), já Marcelo tinha lançado a ideia da dita candidatura. Vale a pena fixar este dia, disse Marcelo nos idos de Fevereiro de há um ano. Não nos esqueçamos.

A direita não brinca em serviço.

terça-feira, abril 09, 2024

Basco à francesa

 

Maison Adam


Não fui visitar o Chillida Leku. Também não visitei nem conheço o Parque Garaio ao lado de Argomaniz.

O passeio obedeceu ao requisito de não transbordar das férias escolares e de conter motivos de interesse que fossem apelativos para os miúdos, na verdade já adolescentes ou a caminho disso. 

Por essa razão, por exemplo, incluiu uma visita guiada a um estádio de futebol... E fomos ao Parque de Atracciones Monte Igueldo... Até eu andei no barquinho que se desloca (... naturalmente sobre a água) numa espécie de ribeirinho que dá a volta, com uma vista extraordinária a toda a volta.

Mas, ao ir agora pesquisar para tentar perceber de que tipo de museu se trata e como é o parque, imediatamente fiquei com vontade de lá voltar para ver o que ainda não vi. 

Quanto a La Concha, estivemos na praia, sim, claro, e em fato de banho e a apanhar banhos de sol pois estava mesmo bastante calor. E molhei os pés, claro. E não passou dos pés pois a água estava fria.

E, tal como ontem referi, fomos também à parte francesa do País Basco. Saint Jean de Luz, Biarritz, Bayonne. Já conhecíamos e identicamente tínhamos ficado com vontade de voltar.

Saint-Jean-de-Luz é uma pequena vila, bonita e tranquila, mimosa, em que a qualidade de vida deve ser inquestionável.

Se Biarritz tem aquela patine que exala burguesia e uma beleza natural que apetece ver e fotografar, já Bayonne tem a vibração alegre de um povo que vive a rua, que se junta, que conversa alto e que canta nos cafés e nas ruas. Apetece estar.

Se fosse mais perto, para o mês que vem estava outra vez lá caída. 

Mostro algumas fotografias que não sei se fazem justiça à alegria destas terras. Tomara que sim.




















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Desejo-vos uma boa terça-feira

Saúde. Boa disposição. Paz.

segunda-feira, abril 08, 2024

Donostia

 


De todas as vezes que estive no País Basco sinto-me encantada e com vontade de regressar com mais tempo. Tenho ideia que este enamoramento vem do tempo em que lia os livros da Menina Aguaceiro da Berthe Bernage e em que pelo menos uma da história se passa lá. Não sei se os avós dela eram bascos e ela ia lá visitá-los pelas férias ou se sonhei. Já tentei pesquisar na net para ver se confirmo a minha ideia mas não encontro. Acho que esses livros estão in heaven. Tenho que ver se os descubro e se encontro alguns passados entre os bascos. 

Para mim é como se fosse uma terra de magias, de segredos. É um lugar de grande beleza natural, em que as pessoas mostram ser muito felizes, em que o convívio parece permanente, onde todos se mostram sorridentes e conversadores. E onde se vêem mais crianças na rua. É impressionante como há parques infantis nos locais de passeio e como estão sempre cheios de chilreios felizes e ruidosos. A demografia em Donostia deve ser motivo de tranquilidade para quem gere os sistemas de segurança social e, para as restantes zonas em que a população envelhecida prevalece, deveria ser inspiradora.

Portugal deveria tomar Donostia como um case study e analisar o que leva a população a reproduzir-se tão abundantemente.

Ao fim do dia, as ruas enchem-se ainda mais e há miudagem e adolescentes como não vejo em qualquer outra cidade.

[Abro um parêntesis para um aspecto que, aqui no texto, vai parecer a despropósito mas que é um tema que trago latente em mim. 

Durante muitos anos sentia receio em afastar-me de casa pois parecia antever que, mal chegasse ao meu destino, iria ter que regressar para acudir a alguma crise do meu pai e, depois, da minha mãe. Aliás, mal eu estava a pensar afastar-me um pouco, eu sentia que a minha mãe ficava ansiosa, com receio que houvesse alguma e que ela não me tivesse por perto para encaminhar ou resolver o que aparecesse.

Por isso, aos poucos fui-me adaptando a, no máximo, ir fazer uma semana ao Algarve ou uma semana ou dias avulsos a locais próximos, em que, se necessário fosse, ao fim de duas ou três horas estaria cá.

Agora já não existe essa condicionante. Contudo, quando o nosso cérebro se enleia em preocupações e cuidados, é difícil, num curto prazo, vermo-nos livres deles. Por isso, cá no fundo de mim há sempre uma pequena ansiedade latente como se, a qualquer hora, alguma coisa fosse surgir que me atalhe as férias. 

Mas isto já vem de antes. Ainda antes dos meus pais eram os meus sogros. Ainda me lembro de estar em Lagos e o meu sogro estar a ligar para o meu marido a querer que ele fosse com ele ao médico e ele a fazer uma ginástica, a dizer que ia na segunda-feira seguinte e o meu sogro a querer que ele fosse no dia seguinte. Eu ouvia aqueles telefonemas sempre no receio de ter que fazer as malas e regressar. 

Claro que a nossa mente fica formatada... 

Mas sei que, aos poucos, isto me há-de ir passando.

Mas ocorre-me também, frequentemente, que está na hora de ligar à minha mãe ou que não posso atrasar-me senão faz-se tarde para ligar. Claro que logo penso que é pensamento desfasado mas, nessa altura, parece que sinto a falta de ter a quem contar os meus passeios, o que os meninos fizeram, as notas que tiveram, como são as lojas ou os preços. Não digo nada. Falar nestas coisas causa apreensão nos outros, acham que alguma coisa não está bem connosco. Também, falar para quê? Mais vale encarar com naturalidade e seguir adiante.

Há cerca de um mês, quando fui a uma consulta de rotina, queixei-me ao médico que parece que ando com o sono alterado. Ele disse que isso era normal nos processos de luto. Nessa altura, contrariei-o: 'Acho que não deve ser isso, já passou um mês...' Ele riu-se e disse: 'Um mês nestes processos de luto não é nada. É normal durar meses.' Agora já passaram dois meses e meio. De facto, foi há pouco tempo. E estou bem melhor.]

Andar em locais de grande beleza, com a família, em ambiente boa onda, faz-me bem. Nenhum lugar poderia ser mais adequado a esta lavagem de alma do que o País Basco.

Por muitas vezes que esteja em Donostia, por mil vezes me sentirei encantada. Tudo tão bonito, tudo tão feliz.

Depois há o lado francês, Saint-Jean-de-Luz, Biarritz, Bayonne. Mas amanhã as mostrarei.

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Desejo-vos uma boa semana a começar já nesta segunda-feira

Saúde. Alegria. Paz.

domingo, abril 07, 2024

Os três da vida airada: cocó, ranheta e facada

 

Continuo a desviar-me do meu rumo. Ando por lugares belíssimos, tenho imensas fotografias e vídeos que poderia partilhar, gostaria de vos contar como há tantos sítios maravilhosos e felizes por onde passear... e, no entanto, quando espreito as notícias, dou com situações que me tiram do sério e me fazem ter vontade de aqui vir pronunciar-me.

Dizia-me hoje a minha filha que, com tanto que tenho para falar, estou a perder tempo com isto.

Além disso, pergunta-me ela: porque falo no aspecto em vez de falar nas competências?

Pois, compreendo.

A questão é que ainda não começaram a trabalhar. Mudar logótipos não é trabalhar, é apenas mostrar qual a noção que se tem das prioridades e, no caso, de que é que a casa gasta.

É certo que hoje recebemos mais uma mensagem de quem conhece um dos artistas convidados para Secretário de Estado, gozando com a sua falta de conhecimentos (académicos e profissionais) na área. Chega a ser doloroso.

Ontem à noite deu-me para conseguir descobrir um canal português. No caso, a SIC N. Mas não durou mais que 5 segundos pois quem apareceu foi a Maria João Avillez a dizer que tinha ficado pessoal e agradavelmente surpreendida por tanta gente querer ir para o Governo. O meu marido imediatamente entrou em fúria e instou-me a tirar aquilo dali. De facto, ou a senhora não está boa da cabeça ou está mal informada ou julga que somos parvos. Então não percebeu que, se calhar na maioria, aquilo é gente que acha que lhe saiu a sorte grande por ir para o Governo não tendo a consciência mínima que não tem condições para as funções? Poderá haver um ou outro caso em que há competência, é certo. Mas sobre um já ouvi dizer (e eu não costumo aqui citar quem não sabe do que fala) que esse foi para o governo pois estava em fim de linha no lugar onde estava. Outros serão arrivistas, pimpões, intelectualmente pouco dotados, sei lá. Mas, do que se vai sabendo, assusta.

Mas, enfim, sobre eles pouco mais tenho a acrescentar para além do que já aqui falei: se ainda há jornalistas competentes, sugiro que investiguem, questionem, compilem informação, informem o público.

Compreendo que provavelmente não arranjam gente competente, sabedora, experiente. Percebo isso. Tem razão quem enumera essas razões. Só com um pacto de regime, provavelmente entre o PS e o PSD, se poderá alterar toda a legislação e todas as condições que rodeiam a nomeação de quem quer que seja para funções públicas. Mas também não resultaria pois a comunicação social está empestada de gente que quer imitar todo o esgoto a céu aberto que empesta as redes sociais. Não sei como se ultrapassa uma coisa destas. Agora uma coisa é certa: o País irá de mal a pior se à frente das pastas estiver gente incapaz. 

De qualquer forma, agora só posso falar do que é concreto, factual, do que está à vista de toda a gente. 

Cinjo-me ao galheteiro aqui abaixo.

Excerto de foto daqui
(Não consegui descobrir quem foi o fotógrafo)

A body language e o dress code são importantes e indiciadores do que vai por dentro. Pode dizer-se que é gente que não tem noção, que há que dar desconto. Mas como podem eles apresentar-se em público, em lugares em que a apresentação é relevante...?

Por exemplo, veja-se os três mais importantes do Governo.

  • O Montenegro com calcinha justa, slim fit, mais parecendo que está com um modelito de toureiro, daqueles que evidenciam mais do que devem... Porquê...? Para quê...? 
  • O Rangel de calça castanha e casaco azul (ainda por cima, abotoado até abaixo!). Todo ele um despropósito. Vai apresentar-se assim nas diversas instâncias em que todos -- todos, menos ele -- sabem estar? Pode dizer-se que o vestuário é irrelevante quando o conteúdo é bom. Só que sabemos que o conteúdo é o que é e o histrionismo como é apresentado ainda mais piora tudo, ou seja, nem um nem outro são os mais recomendáveis. Agora imagine-se ainda por cima aparecer nestes preparos. Alguém vai levá-lo a sério? Lamento, não vai.
  • Quanto ao Sarmento até dá pena... Mas o que é aquilo...? É que nem sei definir bem o que é que ali está mal. É o penteado? São os óculos pequenos de mais para a cara que tem? É o casaco num modelo e num tamanho que estraga ainda mais o conjunto? É a forma como põe os bracinhos para a frente...? Não sei. A sério que nem sei. O que sei é que assim não vai conseguir que o levem a sério. Impossível.

Muito sinceramente, só espero que alguém faça a caridade de os ajudar pois assim não irão longe. Já basta o que basta. Para quê ainda piorar as coisas? Alguém, se faz favor, pode ajudá-los a vestir-se, a arranjar-se, a estar...?

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Desejo-vos um bom dia de domingo

Saúde. Boa disposição. Paz.

sábado, abril 06, 2024

Mais um pouco e o nosso Luisinho tinha dado uma de Rubiales...

 

Continuo out. Não posso pronunciar-me sobre o que disseram ou fizeram nas tomadas de posse porque não vi.

Li sobre a corajosa medida que o Luisinho e a sua turminha tomaram logo, assim de rajada, para que todos ficassem a saber ao que vêm: tiriris e modernices não são com eles. Pimbas. Alto e para o baile, as sardinhas de volta para o prato, e que se reinstale o velho logótipo. 

Por mim, não vou já gastar chumbo grosso com eles. Já o disse e volto a dizer: o primeiro milho é para os pardais. Apenas refiro, e é de passagem, que fica crystal clear que o cantinho cerebral bimbo do nosso primeiro parece ser maior do que devia. Seria bom que numa futura entrevista o questionassem sobre o tipo de arte que aprecia (pintura, música, etc). Cá para mim, sai pimbalhada e menino da lágrima que é um mimo.

E que fique claro que gostava que este governo governasse bem, com cabeça, tronco e membros, com visão, com tino, com equilíbrio e ponderação. E estou a falar a sério. Quero o melhor para o meu país e se aquilo que eu acho que é o melhor vier pela mão do Montenegro, cá estarei para felicitá-lo.

Claro que este pormenor do logo é uma chatice pois revela uma tacanhez que não me parece um bom prenúncio mas, enfim, bola para a frente.

E agora adiante que a conversa é outra. 

A questão é que, ao ver o Expresso, dei com uma foto da Ana Baião em que tomei a liberdade de extrair apenas a parte picante, aquela em que o Luisinho se abraça, mas abraçar não sei se não é ligeiro demais para o entusiasmo que ali vejo, talvez 'atraca' uma senhora numa pose a que dantes eu ouvia chamar à Tyrone Power. A senhora até teve que se dobrar pela cintura em manobra de recuo tal a pujança com que ele a enlaçou logo ali pelo meio das costas não fosse ela fugir-lhe. E está com um sorrisinho que me parece malicioso demais, o Luisinho, não sei o que estaria ele a sussurrar-lhe ao ouvido mas boa coisa capaz de não ser. E, note-se, não os conheço de lado nenhum e até não sou de intrigas, isto é mesmo tudo na base da body language.

Não sei se o ósculo e o entusiasmo do amplexo foram consentidos. É melhor o nosso Luisinho precaver-se não vá a senhora pensar melhor e ainda meter o nosso Rubialitos em trabalhos. 

Claro que repescando outra parte da imagem inicial a gente pode ver o so called Dissolvente Marcelo, também conhecido pelo Boca-Doce, a, aparentemente, chegar os seus lábios -- que tanto amor têm para dar -- demasiado perto da boca da outra senhora. 

Mas, neste caso, não me pronuncio:
  • primeiro porque pode ser um erro de paralaxe 
  • e, segundo, porque a senhora, ao inclinar-se na direcção dele e ao agarrar-se ela a ele, evidenciou que estava afim do ósculo presidencial. 
Se calhar a menina ainda pensa que é coisa com algum valor facial, ainda não percebeu que beijo de Marcelo é daquelas commodities que por aí há a pontapé, meio mundo já apanhou com ele. 

Não me esqueço de uma colaboradora que tive, chanfrada de todo, que um dia apareceu lá toda histérica a anunciar que tinha estado com o Marcelo e que até tinha uma fotografia com ele. A malta ao princípio ainda ficou espantada a pensar que tão maluco era ele como ela para ainda perder tempo a aturar as conversas parvas e lunáticas dela. Mas depois, aprofundando, percebeu-se que calhou cruzar-se com ele num sítio qualquer, veio ele e a abraçou tendo ela perguntado se podia tirar uma fotografia e ele claro que sim', só faltando acrescentar que 'fui eleito para isso'.´

Mas, portanto, não creio que desta segunda senhora venha algum risco de ainda vir para aí dizer que aquele beijo do Marcelo não foi consentido.

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Já agora

Sobre o tema de ontem só tenho a dizer que há uma outra que é bem conhecida -- e não levem a mal mas não vou poder dizer pela parte de quem mas digamos que se apostarem que é de alguém do meu inner circle estarão quentinhos, quentinhos. 

Na Secretaria de Estado em que está o que tenho a dizer é que acho que vai ser um fartote pois o que ouço dizer é que experiência na área em que está: zero, competência; zero, perfil para a função; zero. Diz-se e desdiz-se, quer entrar à leão mas logo sai de sendeiro e tantas fez que não aqueceu um dos últimos lugares por onde passou tendo sido corrida que foi um mimo. Provavelmente foi o que aconteceu por todos os lugares por onde passou pois, sendo como é, vende-se bem mas quem a compra não demora a ver que comprou gato por lebre. Contudo, quem descreve o seu percurso profissional aponta-a como altamente expert na área para que foi nomeada. Mas é como se costuma dizer: barretes enfia-os quem quiser. 

E a maçada disto é que os casos se vão sucedendo. Mas não desesperemos, pode ser que não seja nada. Ou, como costumava dizer-se, se for que seja menina que é para não ir para a tropa.

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Um bom sábado

Saúde. Boa disposição. Paz.